terça-feira, 16 de julho de 2019

SOU MÃE DE MENINA E NÃO ESTOU CONSEGUINDO FALAR SOBRE SEXUALIDADE COM ELA


Existe uma linha bem tênue que separa a infância inocente da pré-adolescência já não mais tão inocente assim. Geramos bebês lindas, fofas e com uma ternura inexplicável. Elas vão crescendo, vão se desenvolvendo, passam a se posicionar e a exigir que a gente também se posicione diante de um monte de situações. Faz parte do processo de reeducação.

Nós, as mães, donas do maior poder sobre aquela menina [ainda tão pequena], na intenção de protegê-la, costumamos classificar as situações e os assuntos em “apropriados”, “não apropriados” ou “proibidos” para a nossa criança.

O tema sexualidade é o primeiro da lista dos proibidos! Para muitas mães, ele arrasta informações perigosas, que podem despertar um interesse precoce. Todos os esforços passam a ser no sentido de mantê-la, pelo maior tempo possível, bem longe desse assunto e desse universo.

Mas muito rapidamente percebemos que ficamos sozinhas com a nossa classificação. Os assuntos “não apropriados” e “proibidos” que seguramos com mãos firmes escaparam por entre os nossos dedos sem que a gente notasse. Enquanto escapavam, nossas meninas se transformavam silenciosamente. Somente então nos damos conta de que estão mais mulheres do que a gente esperava, desejava ou estava preparada para lidar. Só então começamos a sentir que fizeram suas próprias descobertas sozinhas e já sabem muito mais do que deveriam [segundo os nossos critérios]. Aliás, sabem mais do que nós [pelo menos acham que sabem e, em alguns casos, sabem mesmo!].

É comum que a gente sinta muitos desconfortos. Preocupações, medos, dúvidas, até uma certa raiva. Sentimos que a distância já se instalou de um jeito brutal. A filha continua ali, onde sempre esteve, mas o coração dela está inacessível. Somos a mãe, mas não o alcançamos mais. Nem os pensamentos dela podem ser acessados. Tudo se tornou um silêncio estranho e só recebemos respostas incompletas, pois ela quase não fala direito com a gente.

O principal confidente da nossa menina, ainda tão criança, passou a ser o celular. Só que ele é uma janela escancarada para o mundo, absolutamente sem fronteiras. Através dele, ela se comunica com quem quiser e todos os tipos de informações chegam ou são buscadas por ela, principalmente os assuntos proibidos.

Agravante: O interesse pelos assuntos não apropriados e proibidos cresceu muito na medida em que não foram revelados por nós, as mães, há um tempinho atrás.

Que tempo foi esse?

Cometemos um erro básico, um equívoco amador ao acreditar que “ainda é cedo” para certos assuntos [sexuais]. Se houver interesse da criança, se ela perguntar, não é cedo... É O TEMPO DELA!!! A resposta para aquela indagação é que guardará a magia capaz de preservar a inocência ao mesmo tempo em que saciará a curiosidade da criança de um jeito absolutamente natural e respeitoso. Em outras palavras: quando a gente responde do nosso jeito, e esse jeito é honesto e amoroso, a curiosidade acaba porque a criança fica satisfeita. Tratamos a questão com naturalidade e de forma respeitosa e, assim, mantemos a sua inocência.

O tempo das revelações que preservam a pureza da criança está reservado à primeira infância. Até os 7 anos, o que for dito de forma honesta e natural, baseado na observação da natureza, será acolhido pela alma dela e permanecerá guardado em algum lugar quentinho, nutrindo-a da tranquilidade necessária. O contrário disso, ou seja, a não-resposta sustentada em omissão, mentira, postergação ou a resposta violenta, grosseira, destoante da necessidade que se apresentou, além de não saciar com tranquilidade, torna a criança, aos poucos, sedenta de curiosidade. Como ela matará essa sede, a adolescência dirá.

Se até os 8 ou 9 anos ainda é cedo para esclarecer a sua menina, aos 10 anos já é tarde! A informação chegará por outras fontes sem o carinho, a honestidade e a força que você, a mãe, transmitiria ao longo de toda a primeira infância.

Porque o interesse é tão grande?

Pelo simples fato de que a sexualidade é o que existe de maior e mais forte para um ser humano. É assim e não há nada de errado com isso. O despertar para a vida sexual ativa é um momento esplendoroso e merece ser amparado. A natureza reservou à mãe preparar e dar sustentação para as descobertas sexuais das filhas. Acompanhar a evolução que começa com o olhar, o coração palpitante, o frio na espinha. Depois o primeiro beijo, os próximos, tocar e ser tocada. Bem mais tarde, a copulação. Esperamos que tudo isso aconteça de uma forma consciente e num ritmo absolutamente calmo, repleto de sensações, sentidos e emoções. Mas não é o que temos visto por aí. Não tem sido assim...

Não informei. E agora?

Agora você pode "refazer o cálculo da rota". Se o caminho não era aquele, mude! Você não tem compromisso com o erro. Se começou a despertar e olhou para algo que antes não via, poderá trilhar um novo caminho, construindo uma nova realidade. Quando acolhemos em nosso coração uma necessidade real de mudança e desejamos verdadeiramente que ela aconteça, recebemos o auxílio necessário para que assim seja.

Ainda tenho tempo, mas não sei como fazer.

A maioria de nós não sabe como fazer. A maioria de nós não foi informada, acolhida, respeitada, tradada com honestidade. Muitas de nós sofreram abusos físicos, emocionais e psíquicos. Então, não saber como lidar ou agir é absolutamente normal. Mas não é natural. Natural seria estarmos em plenas condições de desempenhar o papel que nos foi reservado. Não nos tornamos mães para perpetuar ciclos de dor, mas para conduzir nossos filhos por caminhos que os levem a um estado elevado de suas próprias consciências. Para isso, a sexualidade humana possui papel fundamental, indispensável e insubstituível.

É chegado o momento de romper os ciclos de dor, um a um, e remover o véu da ignorância que nos impede de enxergar o que há de belo e sagrado na sexualidade que trouxe cada uma de nós até aqui.

Por mais de uma década tenho abordado os assuntos relacionados à sexualidade humana com mães, avós, mulheres e meninas, inclusive a minha. São muitas aflições compartilhadas, dúvidas sobre como falar, medos das consequências, sentimentos de incapacidade, vontade de delegar ou simplesmente se calar, evitando assim tanto desconforto. Mas se, como eu, você já entendeu que não dá para adiar ou se já sente que essa missão é sua e está procurando ajuda para lidar com tudo isso, gostaria que soubesse que me dediquei a um conteúdo muito especial, capaz de nos nutrir de informações valiosas para falar com as nossas meninas, de um jeito honesto e amoroso.

Esse conteúdo está reunido no Programa Sexualidade Consciente, num ambiente preparado para ser acolhedor. Se você quiser conhecê-lo, será uma honra. Clique aqui ou na imagem abaixo. Espero vê-la por lá e poder saber se algo que você viu em meus textos te ajudou. Abraços carinhosos, de mãe pra mãe!

 Programa Sexualidade Consciente

sexta-feira, 5 de julho de 2019

SOU ADOLESCENTE E JÁ VIVI MUITAS EXPERIÊNCIAS SEXUAIS COM PESSOAS DIFERENTES


"SOU ADOLESCENTE E JÁ VIVI MUITAS EXPERIÊNCIAS SEXUAIS COM PESSOAS DIFERENTES. ACHO QUE ISSO NÃO ESTÁ ME AJUDANDO A SER FELIZ. O QUE POSSO FAZER POR MIM? NÃO QUERO FICAR SOZINHA."

Perceber que se relacionar sexualmente com muitas pessoas diferentes não te faz feliz é a maior ficha que poderia ter caído nesta vida! E caiu para você! Se não caiu, pode continuar lendo do mesmo jeito, porque é muito difícil chegar a essa conclusão quando tudo ao redor conspira para acreditarmos que fazer o que quisermos [sexualmente] é absolutamente normal.

No começo, quando tudo é muito novo e ainda somos inexperientes, acabamos acreditando que ter uma vida sexual ativa é sinônimo de ter crescido e ser dona do próprio nariz. A gente cresce, menstrua e nosso corpo fica sensual com as curvas que surgem. Os meninos começaram a olhar. Os tiozões também [eles sempre olham!]. Começamos a sentir desejos e vontades. Começam a rolar beijos e, enfim, a gente se entrega!

Cada uma no seu tempo... Umas mais novas, outras mais velhas; algumas com o menino por quem se apaixonou, outras com qualquer menino [porque tinha bebido ou cedeu à pressão da turma], outras, ainda, por pura curiosidade.

Todas querem ser amadas. Mas também querem ver os meninos se jogando aos seus pés. Querem multidões deles correndo atrás, enlouquecidos, implorando. Isso parece ser o máximo!

Então, enquanto o verdadeiro amor não aparece para nos fazer plenamente felizes, vamos passando o tempo assim: vivendo o que tem pra hoje! Não é o menino ideal, mas é o que tem pra hoje! Essa é a regra e é o que todo mundo faz.

Perceba: viver o que tem pra hoje pode até ter se tornado normal, mas tem consequências. São justamente elas que nos interessam... AS CONSEQUÊNCIAS.

A primeira delas você já pode ter concluído sozinha: não está te ajudando a ser feliz. E preciso te dizer que não ajuda mesmo! A gente se machuca demais! Não é a quantidade de parceiros e experiências sexuais que nos farão felizes.

No projeto original [da nossa existência] somos íntegras [inteiras, completas]. Nascemos assim. A infância existe para que essa nossa integridade seja preservada e todos os nossos potenciais [dons, virtudes, talentos] possam se manifestar ou ser alcançados.

Mas nem sempre o projeto se cumpre. Aliás, raríssimas são as pessoas que permanecem inteiras. A maioria chega à adolescência e acaba se fragmentando de uma forma muito séria, com consequências dolorosas e profundas que comprometem de verdade as emoções e os estados da mente. Uma das [GRANDES] causas dessa fragmentação são as escolhas que fazemos e as práticas sexuais que mantemos.

Mulheres são diferentes de homens. A principal diferença [certamente a maior e mais importante] é que as mulheres podem gerar bebês em seus ventres. Isso tem uma importância que ninguém para pra pensar. É sagrado. É a única maneira de poder habitar o planeta Terra.

Sem as concepções, as gestações e os partos, nenhuma de nós estaria aqui. Gerar bebês é, portanto, necessário, permitido e abençoado. Mas há um momento certo para acontecer, requer preparo e escolhas conscientes. A adolescência definitivamente não é o melhor momento porque não houve qualquer preparo e ainda não se formou a consciência necessária para se fazer escolhas tão importantes [que definirão o destino e a qualidade das vidas envolvidas, no caso, a sua e do seu bebê].

Se a adolescência não é [definitivamente] o melhor momento para se ter um filho, porque, justamente nessa fase da vida, é que a gente “mais treina” para fazer bebês?

Viemos de uma infância que não nos manteve inteiras. Nossos pais acertaram muito em muitas coisas, mas erraram também. É assim com todo mundo. Acertos e erros sempre serão parte das nossas histórias. Só que alguns deles erraram mais do que acertaram. Alguns pais foram mais duros e brutais do que poderiam. Algumas mães foram mais ausentes e omissas do que deveriam. Algumas famílias não tinham a quantidade de afeto necessária disponível para a sua criança. Essa criança pode ser qualquer uma de nós. Se isso nos aconteceu, crescemos com uma parte não preenchida. E esse vazio tornou-se uma parte dolorida de nós, sem que soubéssemos defini-lo. A gente não sabe explicar muito bem, mas a dor está lá... Está no inconsciente e dá sinais em várias situações.

Uma forma bastante simples de perceber esse vazio é na carência. Observe o nome: carência afetiva [ausência de afeto]. Não importa se percebemos ou não a nossa carência. O que importa é que ela existe e, para supri-la, buscamos o outro. Num mundo de muita carência, muita gente busca o outro e se entrega, na esperança de ser preenchida. É também por isso que a pegação se tornou geral. Todo mundo pega todo mundo. É uma caçada. Beijar ficou banal. As deliciosas etapas de uma copulação desapareceram, resumindo-se apenas ao coito. Ninguém mais se entorpece com a energia que a relação provoca porque já chega todo mundo muito louco [entorpecido por álcool e drogas].

A busca é de um preenchimento para a alma, mas, agindo assim, sai mais esvaziada da relação, se fragmenta mais, se enfraquece e se entristece de uma forma que não dá pra acreditar. As relações não se firmam, não têm continuidade. O que resta? Partir pra próxima, porque o vazio aumentou. E se nada funcionar, você passa a se comportar como se não estivesse nem aí. Matadora, loka, a chapada do rolê. Dane-se!

O que posso fazer por mim?

Há tanto por fazer! Há tanto por saber! Você arrasta convicções milenares. Algumas das suas compreensões foram forjadas em seu DNA. O que isso significa? Que por muito tempo [milênios] as pessoas acreditaram em coisas que acabaram se tornando certezas. Essas certezas foram tão fortes para as que nasceram antes de nós, que, através do DNA, chegou até nós e, hoje, arrastamos correntes muito pesadas. Não precisa mais ser assim. Podemos nos sentir melhores, leves, seguras e felizes!

Transformar esse cenário, reverter essas convicções e ampliar suas compreensões é o que você pode fazer de melhor por si própria. Se você quiser, podemos passar juntas por momentos de descobertas transformadoras. Tenho muita coisa pra te contar através dos meus textos, vídeos, livros, palestras...

Numa época da minha vida, recebi informações que foram valiosas para mim. Compartilhei com mulheres próximas. Muitas delas acolheram as informações como suas verdades. Percebi que o que eu dizia tinha um poder transformador. O mesmo poder que me encantou, que me despertou e que está me devolvendo para mim mesma, dia a dia. Decidi registrar tudo para a minha filha, ainda criança. Só que guardar apenas para ela não faz o menor sentido. Então, resolvi compartilhar!

Hoje, todas essas informações estão à sua disposição. E porque estão? Porque você pode ter percebido que estava trilhando um caminho que não contribui mais com a sua felicidade. Talvez nunca tenha contribuído.

Se a sua busca te trouxe aqui, meu convite é para que você avance e saiba muito mais sobre a sua própria sexualidade de uma maneira honesta e amorosa. Tem muita mulher se permitindo a um conhecimento fantástico ao qual nunca teve acesso antes. Você também merece ter! Tudo o que escrevi para o Programa Sexualidade Consciente [inteiramente gratuito] foi feito para você. Quer conhecer? Vamos lá! Clique aqui ou na imagem abaixo.


 Programa Sexualidade Consciente


 
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