quarta-feira, 6 de novembro de 2019

ESTOU SOLTEIRA E PRECISO DE MAIS HONESTIDADE NAS TRATATIVAS SOBRE SEXUALIDADE


"ESTOU SOLTEIRA E PRECISO DE MAIS HONESTIDADE NAS TRATATIVAS SOBRE SEXUALIDADE. O QUE TEM SE APRESENTADO NÃO ME ATENDE MAIS. TALVEZ NUNCA TENHA ME ATENDIDO. PRECISO DESCOBRIR..."

Estar solteira, para algumas pessoas, é cruel. Para outras, libertador. Em todos os casos, a regra é: faça sexo! Solteira ou comprometida, se sentindo abandonada, prisioneira ou livre, não importa! Faça sexo! E todo mundo faz. Simples assim. Com quem? Ah... Depende! Depende do momento, da carência, do apetite sexual, se está com raiva do ex, se é carnaval, se está viajando, se “tá de boa”,...

Quando se está com fome é bem parecido. Vai comer o que? Depende! A fome do estômago e a fome sexual são semelhantes. Ao saciar a fome do estômago, nutrimos nosso corpo. Ao saciar a fome sexual, nutrimos nossa alma.

Mas nem todo alimento faz bem para o corpo. Comer mal [fast foods, doces, refrigerantes, embutidos, enlatados, transgênicos, agrotóxicos] provoca doenças físicas.

Será que o alimento sexual possui a mesma semelhança? Sim, ele possui. E se você se sente com a mente e as emoções adoecidas, a resposta pode estar nas suas escolhas sexuais.

A boa notícia é que as coisas não precisam ser assim. A regra do “faça sexo” pode continuar existindo, mas não significa que você seja obrigada a atendê-la. Pelo menos não da forma como todo mundo tem feito. Podemos fazer nossas escolhas e elas podem, simplesmente, ser boas para nós.

Só que romper essa regra costuma ser [MUITO] difícil, justamente porque todo mundo faz igual, tem a mesma postura e entende como algo normal. Aí vem você querendo fazer diferente, querendo se respeitar, dizendo "não" enquanto todo mundo espera que você diga "sim"? Larga de ser estranha, eles dirão!

É preciso entender que há um comportamento padrão que alcança todas as pessoas de uma geração inteira. Quando estamos falando da nossa, a gente conhece as regras e é natural que a gente siga o fluxo e seja levada a pensar da mesma forma. Claro! Acabamos reféns do inconsciente coletivo, que tem um poder gigante sobre nós.

Há mulheres que, antes de viver experiências sexuais ruins, conseguem perceber que aquilo não fará bem para elas. Mas a grande maioria só se dá conta de que foi péssimo depois de viver a experiência. Nem todas têm coragem de reconhecer esse “fracasso pessoal”. Então, ignoram e seguem. Mas o vazio sempre aparece e povoa cada vez mais suas almas.

Há, entretanto, uma minoria de Mulheres que já compreendeu as desvantagens de se entregar a qualquer relação e não deseja mais o sentimento destrutivo e dolorido que a enfraquece depois do calor de um momento sexual. Já percebeu que o caminho não é esse, mas ainda não sabe qual direção deve tomar.

Não sei como é para você, mas a forma como normalmente ouvimos a sexualidade ser definida não costuma nos remeter a um estado elevado de espírito ou de consciência. Ao contrário, nos joga lá na promiscuidade, uma zona de vibrações muito baixas.

Olha o que o dicionário nos diz quando procuramos o significado de sexualidade: “Comportamento humano face a libido: lascívia, luxúria, libertinagem, voluptuosidade, volúpia, lubricidade, sensualidade, excitação, sexo e erotismo”. Procure o significado dessas palavras e observe o que você sente. Posso adiantar que não há doçura nas definições.

Diante de tudo isso, é preciso compreender coisas importantíssimas que nos envolvem. A primeira delas é que é desafiadora a missão de refletir sobre sexualidade sem cair em duas valas comuns:

1) A da pornografia
2) A da romantização

Na pornografia não há limites.
Na romantização todos os limites estão presentes.

Não quero ser absorvida pela força dessas duas vertentes. Vejo uma sexualidade muito diferente de tudo o que está estabelecido. É um olhar bem pessoal que tem sido construído a partir de muita reflexão sobre nuances peculiares da vida. Eu reflito muito porque recebo muita informação valiosa e regenerativa. Por esta razão compartilho.

Nesse processo, eu aprendi outra definição, que não tem nada a ver com o lado promíscuo e vulgar.

Aprendi que a Sexualidade é a expressão máxima de sensibilidade e de consciência sobre as forças da criação, capaz de promover o maior dos prazeres e o equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual de um ser humano.

Em razão disso, a sexualidade que pretendo ver elevada [e por isso faço esse trabalho] é a Sexualidade Consciente. Para ela não há regras humanas sustentadas em interesses. Há apenas as regras das leis da criação.

Outra coisa importantíssima que é preciso saber é que a "Geração Nada Pode" nos trouxe até aqui.

Nossas mães, pais, avós e avôs nascidos até a metade do século XX (1950, mais ou menos) viveram essa realidade de forma bem intensa. Eles não podiam nada! O namoro era no sofá com alguém vigiando, o rolê era na praça, na frente de todo mundo, e o beijo era a coisa mais difícil do mundo, conquistada com corações saindo pela boca. Por conta disso, muitos deles arrastaram até os nossos dias “tudo o que não pode” e viveram negando desejos, emoções, sensações. Arrastaram o pecado, o medo, a insegurança, a frustração, a ignorância, o nojo, a falsa ideia de santidade. Mas quando foram passar adiante, para seus filhos e netos, essa herança não foi aceita. A geração que veio em seguida [no caso a nossa] tendia a ser livre.

Chegamos, assim, à "Geração Tudo Pode". Seja o que for, pode! Se por alguma razão não pode, mas eu quero, simplesmente vou lá e faço! Os comportamentos demonstram que, em regra, as pessoas pensam: A vida é minha, nela mando eu, faço mesmo e não se meta!

E essa postura me fez lembrar um trecho do meu terceiro livro:

"Cada história, com o seu legado, fará com que todos possam aprender. Mas o sofrimento ainda é descomedido. Sofre-se muito por ignorar. Incontáveis seres humanos ainda usam o “cinto de castidade” imposto pelo inconsciente coletivo. Outros tantos já o quebraram, mas se destruíram com ele e estão muito machucados. A humanidade ainda permeia os extremos e sofre.
O entorno da vida é sexual e não há nada de errado com isso. O problema está em não saber lidar com a sexualidade. O que deveria ser a expressão máxima da liberdade humana tornou-se o poder manifesto em imposições, subjugações, pecados infundados ou o mais puro exercício de libertinagem, traduzido num quadro de desequilíbrio coletivo."
Livro Sexo e Vida: o resgate da força enfraquecida

De um extremo ao outro: Geração Nada Pode x Geração Tudo Pode. E é onde estamos!

Olhando daqui pra frente, quais os caminhos possíveis? Todos. A ideia não é limitar, mas sim libertar. Pensando nisso, perseguiremos de forma profunda e honesta o que estivermos sentindo. Já não importa a regra que nos fora imposta. Se é uma tradição, se todo mundo faz, se há cobranças. O que importa de verdade é o sentimento que surgiu da atitude que tomamos e da escolha sexual que fizemos. Se o sentimento que te visita é bom ou ruim, o parâmetro é exclusivamente seu, assim como as satisfações ou frustrações experimentadas.

COMO você se sente é o que importa para VOCÊ.

Se essa leitura fez algum sentido para você, poderemos, através do Programa Sexualidade Consciente percorrer um lindo caminho de troca de informações e reconstruções. O que iremos reconstruir? Nossa essência, fragmentada em muitos pedaços. Há algo esplendoroso em cada uma de nós que nos aguarda. O convite é para seguirmos em nossa própria direção e nos reencontrarmos. Com quem? Com o que temos de melhor: a nossa melhor porção de nós mesmas!

Escrevi com muito carinho. É grátis e está ao seu alcance. Basta clicar na imagem abaixo!


 
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