sexta-feira, 28 de junho de 2019

SOU MÃE E TENHO MEDO DA ADOLESCÊNCIA QUE RECEPCIONARÁ A MINHA CRIANÇA




"SOU MÃE E TENHO MUITO MEDO DA ADOLESCÊNCIA E DAS PRÁTICAS SEXUAIS QUE RECEPCIONARÃO A CRIANÇA QUE EU TROUXE AO MUNDO. ELA ESTÁ CRESCENDO..."

O medo é uma emoção primária; todo mundo sente. Em se tratando do Universo Materno, é ainda mais natural. E quando o assunto é a adolescência e as práticas sexuais que recepcionarão a criança que trouxemos ao mundo, nosso medo e preocupação podem tomar proporções bem maiores e muito desconfortáveis.

Conforme o tempo passa e nossa criança cresce, vamos sendo surpreendidas. Dizem cada coisa! Muitas vezes, nem sabemos de onde veio. Pode ter sido no colégio, no transporte escolar, no intervalo das aulas, no lanche, na entrada, na saída, na TV, no YouTube, no Google do celular de alguém... Pode ter sido numa circunstância normal da vida ou não.

O fato é que a informação chega e desperta algo em nossas crianças para o qual muitas de nós não se sentem preparadas para lidar: a iniciação sexual dos filhos.

QUÊ? Mas minha criança é muito pequena. Ainda não tem o menor cabimento falar em iniciação sexual.

Tem sim. Iniciação sexual não significa relação sexual. São coisas muito diferentes.

O que não podemos é esperar a adolescência bater à nossa porta para, somente então, perceber que o tempo voou e não iniciamos a nossa criança da forma como ela merecia.

Ainda que a gente não pense sobre isso, somos nós, as mães, que devemos cuidar da iniciação sexual dos nossos filhos. Nós os trouxemos ao mundo e somos as grandes responsáveis por eles.

A iniciação sexual de um ser humano começa com a mãe e isso é uma lei da natureza. O parto normal é vaginal. O bebê passa por ali como em um portal. Na verdade, é o portal sagrado que traz seres humanos para este planeta. No mesmo canal acontecem as relações sexuais. Se são feitas com amor ou não, o fato é que acontecem exatamente no mesmo lugar onde o milagre da vida se manifesta.

Aí o bebê nasce. Seu principal alimento vem do peito. As mamas, tão erotizadas, cultuadas, ostentadas, ampliadas com silicone são, em essência, fonte da mais sagrada nutrição que definirá a qualidade de vida daquele bebê.

Tanto a vagina quanto as mamas foram criadas para perpetuar a vida. São, portanto, sagradas. Mas como atribuir a real importância a algo tão grosseiramente banalizado? Pornografia, silicone, academia, roupas sensuais,... pegaram o que há de mais sagrado e transformaram numa grande busca por prazer.

Como aproximar a nossa criança desse universo? Por ser tudo tão erótico [e vulgar], ninguém quer falar. E assim a vida segue, numa eterna enrolação, evitando-se ao máximo ter que tocar nesse assunto.

Mas as crianças perguntam. E, muitas vezes, sem saber o que dizer, mentimos ou somos evasivas, deixando a resposta desonesta.

Mas como responder e preservar a pureza da nossa criança? Como remar contra tanto erotismo, tanta vulgaridade, contra essa busca insana por prazer que move a maior parte das pessoas?

Sendo honesta e respondendo apenas o que for perguntado.

O grande problema é que, numa conversa dessas, nossa história pessoal vai surgir. E se ela não nos causa orgulho, é possível que a dificuldade em falar seja enorme.

Não desejamos ser expostas, mas nem sempre as coisas que fizemos são confessáveis. Só que os nossos filhos não merecem ser enganados ou mau informados por causa disso. Eles merecem informações honestas que os tornem fortes, seguros e capazes de viver plenamente felizes. É nossa obrigação conduzi-los por caminhos de esclarecimentos. É nossa função mantê-los inteiros.

É possível que, antes de informar com honestidade, talvez tenhamos que cuidar de nós, do que pode aflorar em nós.

No mundo atual, se desejamos alcançar essa condição [de nos sentir completas e preenchidas], teremos que juntar nossos pedaços que se fragmentaram. São tantas as causas! São tantas as dores! São tantas feridas, partes embrutecidas, outras esquecidas em nós. Em maior ou menor grau, somos ou estamos assim.

Mas podemos fazer o caminho inverso, pois se, até aqui, nos distanciamos da nossa essência, o medo de que o mesmo aconteça com a nossa criança pode, além de salvá-la, salvar-nos!

Porque nossa história pessoal [sexual] pode não nos causar orgulho?

Porque não nos disseram nada a respeito das consequências da liberdade sexual que nos foi apresentada. Não nos prepararam. Não nos informaram. Estamos ignorantes, até hoje, sobre coisas importantíssimas ao nosso próprio respeito e essa ignorância tem consequências.

Por causa dela, enfrentamos estados emocionais dificílimos, sem, contudo, entender as causas das nossas dores, dos nossos desconfortos emocionais. Estamos presenciando e protagonizando o extremo oposto do que viveu a “Geração Nada Pode”. Somos a “Geração Tudo Pode” que ainda não encontrou a felicidade, ainda que a liberdade sexual seja uma verdade.

E quando falamos em verdades, somos obrigadas a olhar para a nossa própria realidade. Somos obrigadas a encarar o que de fato se apresenta. E, infelizmente, a imensa maioria das mulheres encontra-se insatisfeita com a qualidade das relações sexuais que experimenta.

Tanta insatisfação tem lavado a alguns cenários, dentre muitos outros, com infinitas possibilidades:

- Temperamento instável, muita irritação, descontrole, falta de paciência,...

- Repressão dos desejos e necessidades sexuais, embrutecimento, distância e negação sexual extrema,...

- Busca insana por prazer, muitos parceiros diferentes, traições, mentiras, tramas mirabolantes em busca de aventuras sexuais,...

Se esses cenários são familiares para você ou se através deles você se viu, os ciclos de dor certamente estão presentes nas tratativas com seus filhos.
  • Adiar respostas
  • Fingir que não percebe ou dar broncas exageradas quando percebe algum comportamento sexual diferente na sua criança
  • Fazer ameaças sobre iniciação sexual precoce
  • Ser omissa diante de uma situação que exige o seu posicionamento
  • Encerrar o mais rápido possível qualquer conversa sobre sexualidade
  • Terceirizar o tema [inclusive para o pai] 
Tudo isso são atitudes que evidenciam a presença dos ciclos de dor em você.

Não podemos perder de vista que o fato de estarmos tratando “do medo da adolescência e das práticas sexuais que recepcionarão a criança que trouxemos ao mundo” exigirá de nós uma capacidade de falar com honestidade com a nossa criança. E para que isso aconteça de verdade, teremos que encarar a nossa própria história sexual. Se ela nos causa vergonha, vontade de chorar e desconfortos na alma, isso precisará ao menos ser reconhecido por nós.

Uma vez conscientes sobre as consequências das próprias escolhas e dispostas a fortalecer a nossa criança, o nosso discurso deixa de ser vazio. Não precisaremos nos valer do medo, do pecado, da proibição para força-las a seguir pelo caminho que desejamos. Essa geração não aceita esse tipo de recurso limitador, castrador.

Falar com sentimento aos nossos filhos, conforme forem crescendo, reconhecendo inclusive nossas próprias falhas e as péssimas escolhas que fizemos [se é que fizemos], nos torna cúmplices num momento de fundamental importância para eles.

Aproximar os corações é isso: reconhecer que teme por eles, compreender o que estão sentindo, compartilhar as próprias experiências e amparar o processo de descoberta sexual sem impor recursos repressivos. Eles nunca funcionaram e são os grandes responsáveis pelos desequilíbrios que estamos vendo e vivendo.

Este texto é um convite ao aprofundamento dos assuntos sobre sexualidade consciente. Cuidei pessoalmente de um conteúdo muito especial [e totalmente gratuito] para que sejamos capazes de tornar nossos filhos e filhas sexualmente seguros e protegidos.

Você é minha convidada para o Programa Sexualidade Consciente. Quer conhecer? Clique aqui ou na imagem abaixo...

 Programa Sexualidade Consciente


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