quarta-feira, 20 de junho de 2012

CUIDADO, SUA FILHA NÃO É UMA PRINCESA!



A menos que você seja uma rainha... Se for esse o caso, perdão, majestade!

...

Até que uma mulher se torne mãe, é comum que ela mal observe a forma como os filhos das outras mulheres são educados. Em regra, as crianças são “umas fofas” ou “umas chatas”, simples assim!

Com a maternidade, o encanto que a envolve é tamanho que a mulher se transforma.

Muitas, compreendendo intuitivamente a importância do seu novo papel, trabalham incansavelmente pela vida que lhe fora entregue em confiança. Outras, no entanto, se perdem no encanto, na magia, na satisfação em ter aquele bebê nos braços e passam a trata-lo como se fosse “o mais lindo sobre a face da Terra”.

A ninguém é permitido tirar de uma mãe a sensação de que gerou “o mais belo dos belos”. As mães têm todo o direito de sentir-se assim porque é verdade! É a sua verdade!

O problema é que todas sentem da mesma maneira. Todos os filhos são “os mais lindos do mundo”.

“Ah! Mas nem sou eu, TODO MUNDO acha meu filho lindo!!!” De fato há crianças de beleza estonteante. É uma delícia olhar para elas! É uma delícia receber, através delas, elogios que a própria mãe nunca recebeu nem receberia se não fosse assim. Ela se projeta no filho (principalmente na filha) e se satisfaz plenamente! O ego grita!

Apesar de difícil, cabe a cada uma controlar seu sentimento de forma a não impor a sua verdade às outras mulheres. Mas para se controlar, é preciso de uma dose carregada de consciência. Do contrário, não se encontra razões que superem a satisfação que o ego proporciona.

A sensação é mais ou menos a seguinte: “Pronto! Chegou a minha vez! Esperei demais para sentir isso!” E sente, e transborda, e espalha um sentimento absolutamente comum como se fosse exclusivo. Não se vê agindo assim e nem é capaz de avaliar as consequências dessa postura. Mas não foi para massagear o ego das mães que os filhos vieram ao mundo! Muito pelo contrário. Vieram para, entre muitas coisas, ensinar a elas o amor incondicional.

Comportar-se como se o seu filho fosse “o melhor do mundo” acarreta:
1. Num sentimento bastante amargo por parte das outras mães
2. Na competição acirrada que reina entre as mulheres
3. Em estragos de proporções inimagináveis para a vida do seu próprio filho

É evidente que os momentos de afeto são fundamentais e que palavras carinhosas tornam as crianças mais seguras e felizes. É muito saudável dizer para uma filha:

“Meu amor!” (Sim, o amor é seu e você o dedica a ela!)
"Minha querida!” (De bem-querer. Ela é querida para você? Diga!)
“Coisa fofa da mamãe!” (Bebês são fofos mesmo!)
“Como você está cheirosa!” (Hum... cheirinho de bebê... delícia!)

Nada disso é mentira e, portanto, não faz mal.

Agora... Em reiterados momentos de empolgação reafirmar para uma criança que ela é “a coisa mais linda DO MUNDO”, “a melhor DE TODAS”, “INSUPERÁVEL”, blá-blá-blá..., uma PRINCESA!

Tem certeza que não há, no mundo inteiro, uma criança mais linda que a sua? Trata-se de uma opinião unânime? É a melhor e insuperável em que? Em tudo? Na beleza, na inteligência, na herança, no carisma? Há um reino, com súditos e muita riqueza para a sua princesa, ou você faz parte dos que trabalham para pagar as contas?

Ora, avalie com sensatez a reflexão proposta. Chamar sua filha de princesa não seria um problema se você não a tratasse como tal. Da mesma forma, de nada adianta eliminar a palavra “princesa” do seu vocabulário, mas permanecer com um comportamento que reafirme silenciosamente que o mundo fará tudo o que ela quiser. Obviamente não será assim. Em algum momento essa expectativa será duramente frustrada!

O príncipe encantado não vai aparecer, não haverá serviçais, nem palácio, tampouco a promessa de vida perfeita com um final feliz.

A vida é séria e deve impor rigor e disciplina para que ela entenda o significado da palavra sacrifício e aprenda a valorizar seus dias. Do contrário, sua filha se tornará um poço de frustrações. O vazio que ela experimentará poderá ser o responsável por desequilíbrios que levem a uma infelicidade profunda.

Pior do que todo esse sofrimento será o momento em que ela perceber a parcela de culpa da própria mãe nesse processo.

Verá que a mãe, ao invés de conduzi-la pela vida de forma realista e torna-la capaz de lutar pelas próprias conquistas, a fez acreditar num mundo fantasioso, construído com base em elogios, competições e a falsa ideia de que era uma princesa.

Ao se tornar adulta, no lugar de uma alma preenchida estará um enorme vazio.


Sem qualquer informação acerca da sua própria existência e sem compreender o que “fizeram” com a sua psiquê, buscará ser feliz como puder (como todas estão buscando): consumindo, se expondo, sustentando estereótipos, demonstrando carências profundas ou egoísmos absurdos, comendo compulsivamente, bebendo, fumando, adotando posturas agressivas, usando drogas.

Não importa a forma, são todos recursos que entorpecem um desconforto que a alma manifesta.

É triste!

Em pensar que o bebê chegou cheio de encanto e gerou tanta satisfação!

Seria possível lembrar-se, quando estiverem a sós (você e seu bebê), que está em suas mãos a felicidade dessa criança? Seria possível despender uma dose razoável de esforço pessoal para controlar os impulsos do seu ego?

Isso poderá render-lhe uma felicidade moderada, porém permanente a ser experimentada ao longo da vida.

Sem essa consciência, toda satisfação será desperdiçada na primeira infância e os frutos da adolescência e vida adulta poderão estar irremediavelmente comprometidos.

Revista-se do poder que a força da criação investiu em você. Observe as manifestações do seu ego. Saia dessa “faixa” degradante em que a maioria das mulheres se encontra. Faça a diferença pela felicidade dos filhos. Assim, eles poderão ser melhores para eles próprios e não “melhores do que os outros”. Essa é a sua contribuição!

Imagens: Gettyimages

quinta-feira, 14 de junho de 2012

DESPERTANDO OS SENTIDOS, UM MANUAL PRÁTICO



Passei o mês de maio sem novos posts. Não publiquei, mas não deixei de escrever. Estava preparando um material que acaba de ficar pronto.

Nos últimos tempos, tenho conversado bastante (pessoal e virtualmente). Conversas profundas que me fizeram observar um problema muito comum: as pessoas realmente desconhecem regras básicas sobre o funcionamento do seu próprio corpo. Não me refiro às reações químicas complexas ou aos nomes científicos porque também desconheço, mas sim às informações muito básicas mesmo, como a real importância dos 5 Sentidos, por exemplo.

Há alguns anos fui reapresentada aos meus sentidos. Descobri que vinha fazendo tudo errado e, o pior, na certeza de que estava certo. Comer, ouvir, ver, sentir cheiros e toques estava tão mecanizado que somente me dei conta da falta que tudo isso fazia quando me mostraram que eu tinha um comportamento ausente. O primeiro desafio foi compreender o que é um “comportamento ausente”. Num segundo momento, a superação passou a ser “permanecer presente”.

Relembrando minha própria experiência, observando que muitas pessoas (quero dizer muitas mesmo) passam pela mesma dificuldade e consciente de que o “comportamento ausente” é a porta para muitos desequilíbrios, me senti motivada a escrever.

Reafirmo: o comportamento ausente e mecanizado é a porta para incontáveis desequilíbrios que entram pela sua mente, se instalam nas suas emoções e se manifestam no físico, através das doenças, principalmente as psicossomáticas, também chamadas de males modernos (depressão, estresse, angústia, síndrome do pânico, ansiedade, obesidade, etc).

Nesse contexto, nasceu “Despertando os Sentidos – Um manual prático para restaurar a sensibilidade”.

Ele vem carregado de boas vibrações para que você alcance a importância dos seus 5 Sentidos e possa, através dos vários exercícios propostos, adquirir hábitos extremamente simples e saudáveis para se conduzir mais feliz pela vida.

Essa é a minha contribuição para que seus dias possam ser melhores.

Desfrute!

 

sábado, 2 de junho de 2012

DEUS PAI, NATUREZA MÃE!


Como a vida é feita de fases, começo a experimentar mais uma: é hora de ensinar uma pessoinha a rezar. Tenho duas opções: reforçar os padrões que por séculos se repetem ou romper com estes mesmos padrões que recebi sem qualquer consciência.

Vou romper. Não posso ensiná-la que existe um Pai, um Filho e um Espírito Santo sem dizer-lhe que existe também uma Mãe. Deus tem Mãe! “Santa Maria, Mãe de Deus!” Isso eu aprendi bem. Mas porque Ela não é reverenciada como a força máxima do Universo? A criação é feminina, o útero é um cálice sagrado. É através da Mulher que todos chegam ao planeta. Ela é o portal entre as dimensões. Porque negam sua existência e importância?

Sou Mulher. Aprendo a cada dia quão fundamental é a atuação feminina para a transformação que o mundo requer. Vejo Mulheres guerreiras fazendo a diferença, lutando por causas nobres, espalhando o amor, ao mesmo tempo em que sou obrigada a reconhecer os quilos de outras mulheres sem a menor consciência do contexto sagrado que as envolve.

Todas as formas de vida dependem de uma mãe para sobreviver. A expressão máxima do amor sobre a Terra é o cuidado. Mãe cuida! Já nasce sabendo. Toda mulher é também mãe, independentemente de ter dado à luz um filho biológico.

Há uma legião de guerreiras trabalhando árdua e anonimamente pela transformação do mundo, a começar pelo seu próprio mundo. Muitas se preparam para este trabalho.

Se você pretende participar e colher os bons frutos, passe a vibrar: “No que posso ser útil?” A resposta chegará.

Está decidido: a oração de todas as noites, no meu quarto, incluirá a Mãe! Mãe Natureza! Mãe de Deus! Mãe do Mundo! Mãe Terra! Vida, a Grande Mãe! Mãe que me trouxe ao mundo! Mãe da Mãe, Mãe da Avó, da Bisavó e todas as Mães Ancestrais que perpetuaram a espécie humana sobre a face da Terra, se doando!

Para que as Filhas possam ter uma chance de liberdade plena!

Que assim seja!
Imagem: elmundodemarisol.blogspot.com.br

 
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