sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ENSAIO SOBRE SEXUALIDADE – PARTE 03 (O SEGREDO)


Quem inventou a fechadura teve uma grande sacada: ela guardaria um segredo. Segredos são mágicos! Para cada fechadura estaria reservada uma chave, que caberia perfeitamente em seu interior, conheceria o segredo e abriria a porta, ou o portal. Toda casa, para ser segura, requer uma porta com fechadura. Assim também é a mulher, uma casa. O corpo é a casa que abriga a alma. Sua vulva é a fechadura que guarda o segredo e a faz segura. Mas qual é a chave? Hum... tem certeza que essa é a pergunta? Sim. Há apenas uma chave capaz de abrir a porta da sua casa. Se você tentou com várias, perdeu o segredo, ou seja, o caminho que leva ao verdadeiro orgasmo, ao encontro com Deus. Um momento mágico em que a energia kundalini desperta da base da sua coluna, percorre e equilibra seus centros de energia, explode no topo da sua cabeça e irriga todas as suas células, numa descarga hormonal que entorpece, provocando um completo relaxamento. Energeticamente é a ação da kundalini. Fisicamente é a descarga hormonal. Espiritualmente é o encontro com Deus. Um portal que se abre e conduz ao divino; uma complementação de corpos; uma união que toca o sagrado e, por isso, está exclusivamente reservada ao ato com amor. Simples assim, como toda lei da natureza!
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

INCONSCIENTE COLETIVO


Procurei no Dic Michaelis: inconsciente – que age sem reflexão; coletivo – conjunto de muitos indivíduos da mesma espécie. É, portanto, da falta de consciência coletiva que nasce o “inconsciente coletivo”. Seria simples se não fosse cruel.

O inconsciente coletivo é um dos grandes responsáveis pelos maiores sofrimentos humanos. Ele exerce forte influência sobre a vida das pessoas, o que inclui a minha e a sua vida! Um exemplo clássico: quem disse que, para ser feliz, uma mulher precisa namorar, noivar, casar e ter um casal de filhos? O inconsciente coletivo disse e diz a todo instante através de cada um de nós.

Sem perceber, reproduzimos padrões estabelecidos há séculos e depositamos sobre os ombros alheios toneladas de cobranças e críticas: “e aí, tá namorando?” “casou?” “já estão pensando em ter filhos?”; ou então: “nossa, você nunca mais namorou firme, né?” “não está conseguindo engravidar?”. E o pior é que, em contrapartida, recebemos idênticas cobranças e críticas, só que em cargas cada vez maiores, proporcionais ao tempo que passa. Isso adoece quem realmente não está conseguindo fazer ou ser o que esperam. 

A resultante é uma pressão psicológica, muitas vezes camuflada em insinuações, que pode desembocar numa depressão profunda, num quadro de ansiedade, apatia, desespero, pânico, surto psicótico ou qualquer outro mal moderno. Não importa qual nome se extraia da quilométrica lista de males modernos, todos apontam para uma única palavra: desequilíbrio.

Parece exagero? Observe o comportamento e o “nível” de felicidade das mulheres com as quais convive. Não importa se críticas ou criticadas, na ânsia por escapar dessa pressão, muitas cometem verdadeiras loucuras e tomam atitudes lamentáveis, casando-se ou não.

A proposta é aproximar-se do sofrimento da outra e compreender que muitas das escolhas dela foram feitas com base no que está estabelecido pelo inconsciente coletivo e não porque verdadeiramente desejou. Entre enfrentar ou ceder, percebeu que somente seria apoiada se cedesse e optasse pelo que esperavam dela. Se hoje é feliz? Melhor não falar sobre isso.

Mas que bom seria poder perceber que existe sim essa “voz silenciosa” que a todos influencia e conduz. Melhor ainda seria aprender a lidar com essa estranha força que mais faz sofrer do que faz feliz. O inconsciente coletivo é real, tem várias vertentes e está presente em incontáveis exemplos. Estamos todos sujeitos (homens e mulheres) e insistimos em fortalecê-lo sem nunca priorizar a consciência necessária.
  
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

LIVRARIA OLHO DE HÓRUS - ENTREVISTA À TV TODO DIA

Em novembro de 2010, estive com a Neusa Castellan (à esquerda) na TV Todo Dia para divulgar a inauguração da Livraria Olho de Hórus, onde são encontrados os livros que compõem a Literatura da Fraternidade Lux de Harmonização. Além da livraria, pudemos falar sobre o Projeto como um todo.


LIVRARIA OLHO DE HÓRUS
Rua Piauí, 910 – Chácara Machadinho (próximo ao Centro Cívico)
Americana/SP – CEP 13478-070
Fone: (19) 3621-6294 | www.fraternidadelux.org.br

“MEU FILHO ESTÁ ESTUDANDO!”


A todas as mulheres está reservada a capacidade de antever (aos homens também). Trata-se de um recurso absolutamente simples, porém capaz de evitar grandes tragédias. Antever significa ver antes; apenas isso! Para ver antes, basta ser observadora. Uma dessas observações deu origem a este post: o filho que está eternamente estudando. Como assim? É mais comum do que se imagina encontrar pessoas que se formam (graduação), se especializam, fazem mestrado e doutorado para, somente depois, arrumar um emprego. Com a primeira formação já se tornam capacitadas para excelentes cargos, mas preferem esperar o doutorado para, aí sim, ganharem muito dinheiro com um emprego fantástico. Ocorre que, no fim das contas, acabam não fazendo nada, porque nenhum emprego é suficientemente bom. Passam uma vida inteira sustentados pelos pais, que, por sua vez, permanecem sustentados no discurso: “meu filho está estudando!”, ou seja, vivem de status, já que não é qualquer um que possui um mestre ou um doutor na família. Mas a idade chega e esse filho torna-se um ser que vive de expectativas; sem nada concreto. Ele pensa em mil possibilidades para enriquecer e não faz nada efetivamente. Pessoas nesse quadro adoecem muito rapidamente. Nada produzem; apenas consomem e vivem de planos. Isso adoece o tecido social; adoece o entorno, aonde quer que estejam. Suas vidas resumem-se a apenas idéias, conversas pouco construtivas e status. Um homem nesse quadro adoece a mulher com quem ele se envolve. Ainda que não haja relação sexual, em se tratando de energia, um beijo basta para que ela fique como ele (beijoqueiras de plantão, cuidado!). Então, mãe de filho que estuda, não projete no seu rebento (que já pode estar marmanjo) um sucesso profissional ímpar. Permita que ele pare de pensar em arrumar o melhor de todos os empregos e passe a criar empregos (porque não?). Deixe que seu filho pratique os ideais de adolescente, que faça a diferença, ou melhor, deixe que ele faça alguma coisa! Se suas condições financeiras são suficientes para sustentá-lo enquanto “estuda” (por tanto tempo), crie condições para que ele faça um bem maior o quanto antes. Projetar-se para um futuro distante visando sucesso, reconhecimento e fortuna, é prova de pouca inteligência. Anteveja, observe, utilize seu “sentir” para alcançar a compreensão de que apenas será verdadeiramente feliz aquele que for útil para o meio. Você não quer ver seu filho infeliz e doente, quer?
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A AGRESSIVIDADE É UM PEDIDO DE SOCORRO


Quem agride traz, no âmago, grande sofrimento. É inconcebível imaginar uma pessoa verdadeiramente feliz sendo agressiva, hostil ou grosseira. Por isso é possível afirmar que a agressividade é um pedido de socorro. Ela denuncia um grande desequilíbrio. Compreender esse tipo de sofrimento lhe fortalece para aguentar e suportar a difícil convivência com quem agride. Em se tratando de agressões físicas, as medidas cabíveis são jurídicas, não se podendo negá-las. No entanto, o que se discute aqui é a agressividade gratuita, baseada em palavras e atitudes. A reflexão proposta reside na observação de quando se é agredido. Como você se sente ao sofrer uma “investida”? Magoado, indignado, inconformado ou com muita raiva? Em todos esses casos, a manifestação é do ego. Ora você sente que não merecia, ora se prostra na condição de “quem ele pensa que é para falar ou fazer isso comigo?” Ocorre que se houvesse da sua parte a compreensão de que a agressividade é um pedido de socorro, seu sentimento seria outro. Permanecer na condição de “ofendido”, mantém consigo toda a força destrutiva que aquela atitude provocou. Mas a partir do momento em que você olha para o agressor e compreende que ele sofre e, por isso age assim, toda a carga negativa que ele gerou encontra passagem livre e deixa de lhe prejudicar.
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SUBMISSÃO



“Então quer dizer que a mulher tem que ser submissa? Tenha a santa paciência!” Calma! Submissão é muito diferente de subjugação, de humilhação, de anulação. Nada mais empobrecedor do que a crítica sem fundamento e a distorção do real sentido das coisas, como aconteceu com a palavra submissão. Para compreendê-la, primeiro é preciso fragmentá-la. Para tanto, valho-me do trecho do livro Mulheres:

Submissão é a união de “sub” e “missão”. (...) “Sub” significa servir. “Missão” significa causa. Submissão é, portanto, se submeter, servir a uma missão de vida, servir a uma causa. (...) A missão mais sublime de um ser humano é criar, educar e reeducar outro ser humano. Essa é a missão (...)

Mas as mulheres desconhecem essa informação. Seguem acreditando que submissão é sinônimo de ser “capacho” e, enquanto o entendimento permanecer esse, todos perdem: a mulher, revoltada ou conivente com a condição de “capacho”, não exerce seu verdadeiro papel e perde a oportunidade de evoluir e alcançar o amor incondicional; o homem, dominador ou não, perde valiosas oportunidades de ser sabiamente conduzido; os filhos, sofrendo as consequências dos equívocos da mãe, reproduzem padrões de comportamento e perdem a chance de fazer diferente com a própria vida. Enfim, quando a mulher perde, o homem perde e os filhos perdem, quem ganha? E esse quadro de perda generalizada permanecerá assim até quando? Ora, a mudança, vista por esta simples ótica, não lhe parece possível? Não somente parece como é verdadeiramente possível. Compreender o real sentido da palavra submissão é o primeiro passo rumo a uma transformação cósmica. O segundo passo será seu esforço pessoal no exercício da missão divina de ensinar. Uma vez predisposta, assistência não lhe faltará, acredite!
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SOM GUTURAL


Poucas coisas são tão gostosas para uma mulher do que ser surpreendida por uma voz manhosa, acompanhada de um sonsinho gutural, próprio de bebês, de um homem com cara de apaixonado. É uma delícia e não importa o que ele esteja querendo; se pedir assim, certamente conseguirá! Posso dizer que esse post é um grandissíssimo estraga-prazer, porque ele denuncia um comportamento absolutamente capcioso por parte dos homens.  Diz o Dic Michaelis que capcioso é aquele que tem argúcia para iludir, caviloso (fingido), manhoso, ardiloso, insinuante, envolvente. Não que façam isso por maldade, mas é inegável que se trata de um infalível recurso de convencimento. De alguma maneira eles, os homens, sabem que nós, mulheres, temos um “chip” cuja senha é o tal som gutural. Uma vez emitido, elimina a racionalidade feminina e acessa uma área reservada aos bebês. Assim, conseguem o que querem, seja o que for.  Ou você, que lê este post, é capaz de negar que o homem pelo qual se apaixonou tem essa capacidade e consegue de você coisas inacreditáveis? Pois é! Não importa a idade, todas temos o mesmo “chip” e todos conhecem a senha de acesso. Depois desse post, continue com a postura que lhe for mais aprazível, mas, por favor, seja capaz de perceber o momento em que está sendo capciosamente convencida e não se permita a uma decisão da qual possa se arrepender depois. Grandes mulheres de antigas civilizações deliciaram-se com sons guturais sem perder a segurança, as medidas e o bom senso diante de um recurso “mais velho do que andar para frente”. Elas tinham inteligência emocional para lidar com seus varões.
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domingo, 6 de novembro de 2011

ENSAIO SOBRE SEXUALIDADE - PARTE 02



Depois de ter lido "ENSAIO SOBRE SEXUALIDADE - PARTE 1", você pode estar dizendo “Ah, mas como eu posso, antes, saber como me sentirei no dia seguinte a uma relação sexual?” Realmente há situações imprevisíveis, mas uma coisa é certa: a “sangue frio” é plenamente possível avaliar-se antes de embarcar numa nova aventura sexual. Diante de uma oportunidade, uma vez que não se tenha ingerido bebida alcoólica, nem feito uso de qualquer substância entorpecente, a decisão em partir ou não para a experiência física é exclusivamente sua. O lamentável é que muitas mulheres, ao perceber que o corpo está se negando àquela experiência, optam por relaxar através de bebida ou droga e, assim, eliminam qualquer dúvida porque perdem a consciência, o senso, as medidas. Os estados alterados de consciência são, portanto, os grandes responsáveis pelo “sim” que uma mulher sóbria jamais diria. Mas o porre passa e o que fica, além da ressaca, é o seu segredo; é o que sua alma leva até o fim dos seus dias. Às vezes pesa tanto, dói tanto, que somente muitos porres são capazes de abrandar o silencioso e duradouro sofrimento. Um ciclo vicioso que se rompe a partir de informação. Mas qual informação? Exatamente esta: mantenha-se sóbria diante da oportunidade de viver mais uma experiência sexual, observe se o seu corpo se entrega ou se nega, seja sincera com o que estiver sentindo e decida por si mesma, sustentada no que já conhece por ter vivido os dias seguintes das relações anteriores.

Texto atualizado em 30.03.2016
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ENSAIO SOBRE SEXUALIDADE - PARTE 01


Escrevo para esclarecer e elucidar. Trago informações que um dia me surpreenderam e ainda encantam. Se assim não for, me abstenho. Sinto uma força que não é minha ao me dirigir às mulheres. Se fosse apenas minha, talvez parasse no meu ego, no egocentrismo, no egoísmo próprio “das humanas”. Mas quando me predisponho à discussão sobre o feminino, tão sagrado, uma força maior me conduz. Essa força vibra no coração; pulsa e envolve. Através dela, informações são trabalhadas e criam verdadeiras oportunidades de melhora. É com esse propósito que começo um ensaio sobre sexualidade. O que é certo e o que é errado em se tratando das relações sexuais? Onde fica o pecado? Sexo representa liberdade ou a completa libertinagem? Todas as respostas para essas questões perdem a força diante da pergunta: como você se sente depois de uma relação sexual? Em paz? Feliz? Plena? Ou o sentimento que lhe povoa beira a angústia, o nojo, o vazio, a aversão, a apatia, a sensação de ter sido usada? Ninguém precisa saber da sua resposta porque ela permanece em segredo entre você e seu corpo, entre você e seus sentimentos, entre você e seus pensamentos. Observar-se no momento “pós-relação sexual” (ou no dia seguinte) deve servir de norte para a próxima decisão em manter ou não uma relação tão íntima com aquela pessoa. Apenas você poderá saber o que lhe faz verdadeiramente bem e o que deprime, angustia e traz sofrimento. Observando-se, poderá decidir por si só.
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sábado, 5 de novembro de 2011

ÀS ANTECESSORAS



Olá! Este é meu primeiro post. Como não poderia deixar de ser, vou dedicá-lo ao livro “Mulheres: Mães e Reeducadoras dos Filhos de Hórus” por ser, também, meu primeiro livro. Trata-se de um trabalho ao qual estou dando continuidade. Antes mesmo que se pudesse imaginar ver editadas todas as informações que o livro traz, algumas mulheres dedicaram sua vida a um projeto: O Projeto Autocura, iniciado há mais de 20 anos pela Fraternidade Lux de Harmonização. É dessa fonte que eu bebo. É nesse projeto que eu me fortaleço. É através dessas mulheres que verdadeiros milagres acontecem. Eu agradeço a cada uma que me antecedeu, agradeço a todas as condições criadas e desejo, verdadeiramente, ser útil. Que Deus e a Mãe Natureza assim permitam! Ao trabalho...

 
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