- Verdade que você fez isso?
- Fiz, por quê? Qual o problema? Foi ótimo!
Você sabia que bem antigamente, quando não existia anestesia, antes de extrair um dente ou fazer uma cirurgia, as pessoas tomavam uma dose caprichada de “cachaça” nas suas mais variadas formas? Uma prática que perdurou por séculos. Era a única maneira de aliviar a dor porque, embriagada, a pessoa sentia menos os seus efeitos.
Hoje, as anestesias fazem verdadeiros milagres. Suas dosagens permitem incontáveis intervenções que vão desde pontos num pequeno corte a transplantes de coração. Independentemente do método, um corpo anestesiado fica muito próximo de um cadáver. É simples de constatar, basta observar sua boca anestesiada quando vai ao dentista: fica “morta”. Você se morde e não sente. Quando a anestesia passa é que vê o tamanho do estrago.
A ciência explica belamente o que acontece com um corpo anestesiado, mas, para este momento, basta saber que a palavra anestesia significa “ausência de sensações”.
“Óh, que legal! Mas o que isso tem a ver com o fervo sexual que vivi, regado a muiiita birita?” Pois é... Você valeu-se do método antigo para anestesiar seu corpo. Uma vez tendo ingerido bebida alcoólica, suas sensações ficaram ausentes. Seja lá o que for que você tenha sentido, não foi uma verdade.
“Ah! O que que é isso? Quem sabe o que eu senti sou eu!” Tá, tudo bem! Mas observe: quando falei da boca anestesiada, não mencionei a questão do gosto, né? Então... A ausência de sensações na boca a impede de sentir o gosto do alimento, ou seja, o paladar fica comprometido. Agora eu pergunto: O QUE SERÁ QUE ACONTECE COM O CORPO TODO ANESTESIADO?
A resultante é o comprometimento dos 5 sentidos, não somente do paladar. A visão, a audição, o olfato e, principalmente, o tato deixam de cumprir função. Tudo passa a se confundir e você faz coisas que sóbria JAMAIS faria. Os estados alterados de consciência proporcionam uma coragem assustadora.
Além do mais, quando o álcool cai na corrente sanguínea e chega até a glândula hipófise (no cérebro), TODA a sua produção hormonal fica comprometida.
Mas chega de falar de efeitos físicos. Não sou perita em anestesias, muito menos em questões hormonais. Tem gente com muito mais gabarito para se aprofundar nesse assunto.
Vamos ao que interessa em termos espirituais.
Antes de mais nada, você tem alma? Que bom... então tem um espírito! Se vou falar em termos espirituais significa APENAS que o assunto se refere à sua alma, o que não tem ABSOLUTAMENTE NADA A VER com religião, ok? Superado esse eterno preconceito, passo às considerações finais...
Ao anestesiar o corpo, os laços com o espírito são afrouxados (por isso as sensações ficam ausentes). Nesse momento, você perde o controle sobre si mesma. Qualquer pessoa pode, portanto, assumir o controle sobre você (viva ou morta, búúúú!!!). É daí que advém toda a sua coragem. Se permitindo a esse estado (a escolha de beber é sua, não é?), a Mãe Natureza NÃO PERMITIRÁ que suas sensações sejam verdadeiras. Seu corpo se nega, mas alcoolizada ou drogada (o que é muito pior) você perde o discernimento, trai o que estava sentindo e se entrega sem a menor preocupação. Suas chances de alcançar o verdadeiro orgasmo se encerram com o primeiro gole, não importando tratar-se de um brinde despretensioso com champagne ou um porre fenomenal de whisky cowboy.
Sóbria, a Mãe Natureza lhe reserva um momento mágico, duradouro e que lhe faz saudável porque equilibra suas emoções, traz lucidez e lhe proporciona um banho de hormônios fantástico que a nada se compara. Se souber aproveitar, estas informações podem elevar sobremaneira sua qualidade de vida sexual. Porque não experimenta?
Imagem: Gettyimages
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